Mãe acusa agentes da Polícia Militar de agredirem filho de 19 anos durante abordagem

Jovem de 19 anos foi agredido por policias quando voltada do trabalho. — Foto: Arquivo Pessoal

"Meu filho mais novo está revoltado porque ele dizia: 'mãe, eu tinha o sonho de ser policial, porque que eles fizeram isso com a gente?'". O relato é da mãe de um jovem de 19 anos que preferiu não se identificar. De acordo com ela, o filho sofreu violência policial durante uma abordagem da Polícia Militar (PM) no bairro Santa Tereza, na zona Oeste de Boa Vista e, agora, pede que o caso seja investigado.

A agressão aconteceu no dia 30 de janeiro. A Rede Amazônica teve acesso a um depoimento dado pelo jovem à corregedoria da PM. Ele contou que foi abordado pela equipe policial e ao responder algumas perguntas sobre o "paradeiro de algumas pessoas" que moram no bairro, foi agredido com um golpe de bastão nas costas.

Ele contou ainda que os policiais debocharam da profissão do jovem, que é lavador de carro, dizendo que "levariam a viatura para lavar no local em que ele trabalha". A mãe do jovem conta que além das agressões os pneus da bicicleta do jovem também foram furados.

"Eu gravei um vídeo, eu gravei tudo para ter um respaldo porque eles rasgaram os pneus da bicicleta do meu filho, porque é um meio de transporte do meu filho ir para o trabalho e ele está sendo lesado. Ele [filho] falou assim 'mãe é complicado'.

"Meu filho mais novo está revoltado porque ele dizia 'Mãe eu tinha o sonho de ser policial, porque que eles fizeram isso com a gente? a gente não fez nada a gente estava vindo do trabalho'. Era nove horas da noite e eles passaram cerca de 20 minutos sendo agredidos psicologicamente e fisicamente. Queremos justiça" disse a mãe.

Em nota, a Polícia Militar informou que a abordagem policial, seguida de revista pessoal, é uma ação respaldada pela legislação brasileira, "em que os agentes abordam como forma de promoção da segurança pública e conforme manual de policiamento, sempre orientados a serem observados os princípios da dignidade da pessoa humana".

Destacou ainda que comprovada a veracidade dos fatos denunciados, os envolvidos serão responsabilizados com o devido rigor, uma vez que a PM "não tolera qualquer tipo de excesso na conduta do policial, nem atos de violência ou ação arbitrária no atendimento de ocorrências ou abordagens".

Fonte: g1 Roraima

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