PF cumpre mandados contra empresários ligados ao garimpo ilegal na Terra Yanomami


 

A Operação Urihi Wapopë II para cumprir mandados de busca e apreensão expedidos pela 4ª vara Federal Criminal nas residências de quatro investigados por envolvimento no garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami.

A ação é um desdobramento das investigações resultantes da 1ª fase da operação, ocorrida em outubro de 2021.

As investigações da operação de hoje indicam que o grupo criminoso ligado a uma empresa de táxi aéreo e a outra empresa de poços artesianos possuem por volta de 20 helicópteros destinados ao transporte do minério extraído ilegalmente.

Conforme a PF, além da extração irregular de minério, o grupo estaria ocultando patrimônio por meio da transferência de bens a terceiros. Além disso, o grupo envia dinheiro para o exterior com uso de falsa identidade ou por meio de operação de câmbio não autorizada.

A apuração dos agentes federais apontam ainda que o grupo criminoso teria ainda criado uma empresa fantasma com o objetivo de ocultar sua movimentação financeira ilícita.


Urihi Wapopë I

Em outubro de 2021, a PF deflagrou a Operação Urihi Wapopë I. O objetivo era desarticular a organização criminosa responsável por fornecer apoio logístico aéreo para exploração de garimpos ilegais na Terra Indígena Yanomami.

Policiais federais cumpriram nove mandados de busca e apreensão expedidos 4ª Vara Federal Criminal em Roraima. Além disso, a Justiça determinou o bloqueio de mais de R$ 9,5 milhões dos envolvidos e a suspensão de atividades econômicas.


Investigações da PF

O inquérito indica que um empresário lidera a organização criminosa e conta com dois filhos, assim como outras três pessoas, além de “laranjas”. Em suma, eles seriam os proprietários formais de empresas envolvidas nos crimes.

Conforme o documento, o grupo utiliza uma empresa de táxi aéreo e outra de poços artesianos para operacionalizar as atividades de envio de suprimentos e pessoas para áreas de garimpo clandestino. Eles são remunerados com ouro ilegal.

De acordo com as investigações, o grupo movimentou ao menos R$ 425 milhões apenas nos dois anos anteriores anos.

Relatórios do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) informaram movimentações incompatíveis com a capacidade financeira dos envolvidos. Desse modo, indicando a possibilidade de lavagem de dinheiro.


“Urihi Wapopë”

O nome da operação faz alusão ao termo usado pelos povos Yanomami para se referirem aos garimpeiros, que invadem suas terras em busca de ouro.


Fonte: Roraima em Tempo


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