Mulher assassinada a tiros pelo ex-marido policial civil registrou BO por ameaça de morte meses antes

Francinelson Cardoso Froz, de 46 anos, matou a ex-mulher, Miriam Dias, de 37 anos, depois se matou em Boa Vista — Foto: Reprodução/Rede sociais

A professora Miriam Dias, de 37 anos, morta a tiros pelo ex-marido, o policial civil Francinelson Cardoso Froz, de 46 anos, já havia registrado um boletim de ocorrência contra ele por ameaça de morte antes do divórcio. Miriam foi assassinada no sábado (27) - ele se matou em seguida.

A Rede Amazônica teve acesso ao boletim de ocorrência registrado em junho de 2023, sete meses atrás. No relatório, Miriam relatou que estava em um bar com um casal de amigos quando Francinelson chegou armado e disse: "eu vou te matar, eu vou te dar um tiro na testa".

Um dia após a morte de Miriam, a Civil lamentou, por meio de nota e, mesmo com o histórico de ameaças contra a ex-esposa, descreveu a situação como "inesperada". Classificou ainda Francinelson como um "um policial dedicado".

Ainda de conforme o BO, antes de ameaçar a então esposa, Francinelson havia discutido com ela, ela disse que não queria mais se relacionar com ele e pediu a separação. Ele entregou aos agentes a pistola e 16 munições que carregava durante a ameaça.

Francinelson disse à época que havia ameaçado Miriam por ela ter ido ao bar sem comunicá-lo e isso o irritou. Ele teria tomado essa atitude para cobrar respeito à Miriam pois "ela ainda era sua esposa".


A morte de Miriam

O policial civil matou Miriam no apartamento dela, no bairro Caranã, zona Oeste de Boa Vista, e se matou em seguida na noite de sábado, por volta 21h39. De acordo com a Polícia Militar , os agentes chegaram no local após uma denúncia de disparo com arma. No apartamento, encontraram Francinelson caído no chão com uma pistola ao lado.

Miriam estava caída dentro do quarto, ferida por um tiro na região do tórax e no braço direito. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado e o médico socorrista constatou a morte dos dois ainda no local.

Foram acionados a perícia, a Delegacia Geral de Homicídios e o Instituto de Medicina Legal (IML). Após os levantamentos necessários, os corpos foram removidos para realização de exames periciais.

A Secretaria de Educação de Roraima (Seed) publicou uma nota lamentando a morte de Miriam, destacando que "todos os servidores da Educação se solidarizam neste momento de dor com familiares, amigos e comunidade escolar". Ela era professora de matemática na Colégio Estadual Militarizado Fernando Grangeiro, no bairro Caranã.

O caso foi registrado na Central de Flagrantes e será investigado pela Polícia Civil.

Fonte: G1 Roraima

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