FAB intercepta aeronave suspeita próxima à Terra Indígena Yanomami

Polícia Federal (PF) faz exames períciais em avião interceptado pela FAB — Foto: Divulgação/PF

"A fim de alertá-lo para o cumprimento das determinações da defesa aérea, serão disparadas duas rajadas de tiro de aviso", disse um militar da Força Aérea Brasileira (FAB) antes de interceptar uma aeronave suspeita que sobrevoava uma região nas proximidades da Terra Indígena Yanomami. Um vídeo gravado pela FAB mostrou a ação dos militares

O caso aconteceu na segunda-feira (29), a cerca de 110 km de Boa Vista. Depois do aviso e dos tiros, a aeronave pousou em uma pista de terra, e o piloto fugiu. Ele ainda não foi localizado.

A aeronave estava fazendo um voo na Zona de Identificação de Defesa Aérea, criada para controlar o tráfego aéreo ilícito e combater o garimpo ilegal na Terra Yanomami. O vídeo mostra o momento em que os militares identificam a aeronave e em seguida iniciam os avisos para o piloto.

Os militares da FAB alertaram ao piloto que era necessária a verificação de dados de voo. Em seguida, o piloto foi avisado de que a rota de voo havia sido modificada por determinação da Defesa Aérea.

"A sua aeronave está sendo interceptada pela defesa aérea para verificação de alguns dados de voo. Por determinação da defesa aérea a sua rota será modificada, curve à direita proa 095º".

Após descumprir as regras, os militares enviaram uma nova mensagem ao piloto suspeito, afirmando que duas rajadas de tiro de aviso seriam disparadas para alertá-lo.

O avião foi vistoriado e apreendido pela Polícia Federal. Segundo a FAB, o avião interceptado é um Cessna 182.

De acordo com o sistema de Consultas ao Registro Aeronáutico Brasileiro, a matrícula da aeronave interceptada pela FAB está cancelada desde maio de 2022. O avião também está com as operações negadas para táxi aéreo.

Alvo de garimpo ilegal há décadas, a Terra Indígena Yanomami está localizada entre os estados de Roraima e Amazonas e é de difícil acesso. Por conta disso, a via aérea é a mais utilizada pelos invasores para chegar no território.

Fonte: g1 Roraima

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