Governo Lula gastará R$ 374 mil em tapetes sob alegação de abrasileirar palácios

 

Despesa elevada se acumula com outros gastos recentes da gestão federal - Foto: Vinícius Schmidt


O governo liderado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizou uma licitação destinada a gastar R$ 374 mil na compra de 12 tapetes, com a justificativa de conferir mais brasilidade aos palácios do Planalto e da Alvorada, sede administrativa e residência oficial do presidente da República, respectivamente.

Os tapetes variam em preço, com o mais econômico custando R$ 736 e os dois mais caros atingindo R$ 113 mil cada, ambos feitos de nylon e com dimensões de 6,8 por 10,3 metros. A alegação apresentada pelo governo para a aquisição enfatiza a necessidade de adequar os locais à cultura do país.

No chamamento da concorrência, o governo afirmou: “Tendo em vista os tapetes orientais, que atualmente ambientam salas e gabinetes dos palácios presidenciais, não trazem aos seus espaços cívicos necessitam, realizou-se um estudo sobre as tipologias de materiais utilizados na produção de tapetes brasileiros, bem como sobre os locais e meios originários de fabricação das peças de tapeçaria no país objetivando uma maior integração visual entre os espaços do prédio.”

A assessoria de imprensa da Presidência destacou que as peças são “patrimônio da União e estão sendo repostas porque as atuais não estão em bom estado”. Ressaltou também que elas “respeitam os padrões e referências dos palácios oficiais da Presidência da República”.

Esses investimentos geram questionamentos, especialmente por já existir outras despesas recentes do governo, como a previsão de gastos de R$ 156 mil para a troca de piso na Granja do Torto, residência de campo da Presidência, além das licitações para botons de identificação e aquisição de crachás e etiquetas veiculares.

No primeiro trimestre deste ano, como mostrou o Conexão Política, o governo já havia despendido R$ 196,7 mil em móveis e um colchão para o Palácio da Alvorada, incluindo uma cama, dois sofás, duas poltronas e um colchão king size, fato que foi divulgado pela Folha em abril. Os valores mais expressivos foram destinados a um sofá com mecanismo elétrico (reclinável para a cabeça e os pés), custando R$ 65.140, e a uma cama, totalizando R$ 42.230.

Fonte: Conexão Política

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