A Justiça de Roraima prorrogou por mais 30 dias a prisão do ex-senador Telmário Mota, suspeito de assassinar a mãe da própria filha. Ele está preso em Goiás desde o dia 31 de outubro, após ser considerado foragido.
A prorrogação é referente ao caso em que ele é investigado por suspeita de ser o mandante de matar Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, com quem Telmário teve uma filha. A prisão foi decretada no âmbito da operação Caçada Real, deflagrada para aprofundar investigações sobre a morte de Antônia.
O pedido de prorrogação também é válido para a prisão do sobrinho dele Ney Mentira, investigado por ter dado apoio no planejamento e logística do assassinato, e Leandro Conceição suspeito de dar o tiro que matou Antônia. A Polícia Civil foi quem pediu a prorrogação das prisões.
No último dia 18 de novembro, um outro mandado de prisão foi decretado para Telmário. Desta vez, referente ao processo em que ele é suspeito de estuprar a própria filha.
Para o delegado que investiga o crime, João Evangelista, o depoimento que Antônia daria à Justiça sobre o estupro da filha seria crucial no processo, e isso pode ter motivado o crime. Ela foi assassinada com um tiro na cabeça três dias antes da audiência em que iria depor.
Após ser preso em Goiás, ele disse ser inocente. A defesa dele classificou a prisão como "desproporcional". O ex-senador também nega ter estuprado a filha.
Telmário está em um presídio de Aparecida de Goiânia, Região Metropolitana da capital onde ele espera para ser transferido a Roraima.
Fonte: g1 RR