Assessora conseguiu arma de fogo para ex-senador um mês antes do assassinato

Ex-senador Telmário Mota e a assesora Cleidiane Gomes da Costa, investigada por monitorar a vítima Antônia Sousa antes do assassinato — Foto: Reprodução/Facebook


A assessora do ex-senador Telmário Mota Cleidiane Gomes da Costa, de 39 anos, conseguiu uma arma de fogo para ele um mês antes do assassinato de Antônia Araújo de Sousa, de 52 anos, mãe de uma filha dele que ano passado o acusou de estupro. Ele foi preso em Nerópolis (GO), na noite desta segunda-feira (30).

Em depoimento à Polícia Civil obtido pela Rede Amazônica, a assessora confessou que o ex-parlamentar pediu a ela para que conseguisse uma arma em agosto deste ano, mas que achava que a arma seria usada na fazenda. Antônia foi assassinada com um tiro na cabeça no dia 29 de setembro.

"Perguntado à interrogada se Telmário Mota pediu à interrogada para conseguir uma arma de fogo, RESPONDEU QUE SIM, recorda-se que se tratava de um revólver calibre 38 e admite que conseguiu tal arma de fogo não se recordando ao certo o dia, mas foi de agosto para cá; QUE, repassou diretamente para Telmário Mota a arma de fogo, tratando-se de um revolver calibre 38; QUE, não sabe dizer o que foi feito dessa arma; QUE, a arma foi repassada a Telmário Mota, salvo engano, na fazenda dele", cita trecho do documento.

As suspeitas da Polícia Civil é que a arma usada no assassinato foi uma pistola de calibre 380 ou 9 mm. A arma ainda não foi localizada.

Além de Telmário e da assessora, a operação "Caçada Real" tem como alvo o sobrinho dele Harrrison Nei Correa Mota, suspeito de ajudar no crime, que segue foragido. Leandro Luz, responsável por atirar na vítima foi preso ontem em Caracaraí, interior de Roraima.

A assessora Cleidiane Gomes da Costa, é considerada pessoa de confiança de Telmário e trabalhava ao menos 20 anos com ele, segundo a polícia. Além disso, ela chegou a monitorar a vítima e a filha dias antes do assassinato. A juíza do caso ordenou que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica.

"Para uma empreitada criminosa como essa exige-se que a pessoa que vai atuar tenha uma relação muito próxima e isso ficou demonstrado. Quando ela foi inquirida, ela confirmou que monitorou a casa da vítima, que sabia que o senador tinha uma medida protetiva em relação à filha dele, e que ele não poderia se aproximar como ele não poderia se aproximar, ele precisava de outra pessoa", disse o delegado do caso João Evangelista.

Fonte: G1 RR

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